Paranaguá

Paranaguá

Em 2018, Paranaguá completou 370 anos. Ao percorrer as ruas da cidade mais antiga do Paraná, o visitante reconhece que o passado histórico continua presente no cotidiano e na memória dos habitantes do local. A cidade, portuária desde o início, mantém parte significativa do seu patrimônio cultural preservado.

A história dessa região começa a ser contada a partir de 1549, quando a costa litorânea paranaense já era conhecida e habitada pelo branco europeu – o povoamento começou por volta de 1550, na ilha da Cotinga. Em 1578, já existia uma pequena capela sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário. Atraídos pelas notícias da existência de ouro que presumia-se existir nas chamadas terras de SantAna, ao sul da Capitania de São Vicente, vicentinos e canadenses intensificaram a navegação em busca de riquezas que o território talvez pudesse oferecer. Em 1646 foi erguido na localidade o Pelourinho – símbolo máximo da justiça e do poder lusitano e Paranaguá é considerado o primeiro município fundado no Paraná, fato que deu-se através de carta régia de 1648.

Com o fim do ciclo do ouro, a cidade se desenvolveu em função do Porto – com o início da colonização do Paraná feita pela baía de Paranaguá, a vinda dos europeus, sejam eles portugueses ou espanhóis, ocorreu justamente através de embarcações que atracaram no município, trazendo consigo a imigração europeia. Batizado de Dom Pedro II, em homenagem ao Imperador do Brasil, em 1917, o Governo do Paraná passou a administrar o Porto de Paranaguá e a importância da atividade portuária é evidente até hoje, visto que se trata do maior porto graneleiro da América Latina, importante alicerce econômico e logístico internacional que movimenta bilhões de reais anualmente.

No início do século XX, a cidade já contava com melhorias urbanas pouco encontradas em outras cidades brasileiras: em 1902 foi inaugurada a iluminação elétrica, em 1908 foi instalado o serviço telefônico e em 1914 o serviço de abastecimento de água e rede de esgotos. Em 1934 foram construídas as docas do Porto Dom Pedro II.

Igreja de São Benedito

Construída no período entre 1600 a 1650, pela irmandade de São Benedito, composta por escravos e alforriados que desejavam frequentar as celebrações litúrgicas da Igreja Católica e cultuar sua crença em São Benedito – santo não aceito pela Igreja Católica, mas escolhido pelo povo como o “Santo dos Pretos”. Foi edificada sobre as ruínas da antiga Igreja Nossa Senhora das Mercês e trata-se de uma das melhores e mais autênticas edificações do estilo colonial brasileiro em solo paranaense. Possui em seu interior magnífico acervo de peças religiosas.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário

Primeira edificação construída em solo paranaense e a primeira dedicada à Nossa Senhora, no Sul do Brasil. Construídas por escravos e libertos devotos de Nossa Senhora no período de 1571 a 1578, foi o marco central do povoado e da vila de Paranaguá – que cresceu ao redor da igreja. Reformas e ampliações no decorrer dos séculos afastaram-na das características originais.

Aquário de Paranaguá

O Aquário de Paranaguá possui mais de 26 recintos com animais de diversas espécies. Em sua maioria, são animais do litoral paranaense, porém, também é possível conhecer animais exóticos como o tubarão-bambu, encontrado na Ásia; diversas espécies de raias e até jacaré! O local também conta com auditório, espaço para exposições, loja de souvenires, “espaço criança” com livre acesso aos visitantes, “realidade virtual” e mirante. O local foi construído para trabalhar a educação ambiental com visitantes e também contribuir para o desenvolvimento da região. A equipe técnica é formada por biólogos e educadores ambientais. O setor de manejo recebe normalmente diversas espécies de peixes, anfíbios, répteis, aves e algumas vezes, mamíferos. Esses animais chegam ao Aquário através da Polícia Ambiental, do Corpo de Bombeiros e eventualmente de banhistas.

Todo o setor técnico está envolvido com a produção de conhecimento científico, seja no desenvolvimento de novas tecnologias de suporte à vida aquática, seja no melhor entendimento da biologia dos animais expostos. Essas contribuições já estão sendo transmitidas para a comunidade científica através da participação dos técnicos do Aquário de Paranaguá em congressos e simpósios científicos.

Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR

O Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR), foi inaugurado em 1963 e é o primeiro museu universitário do Estado do Paraná. Sua sede expositiva está localizada no município de Paranaguá, nas instalações do prédio que abrigou o antigo Colégio dos Jesuítas, fundado em 1755. Essa edificação foi tombada pelo antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) em 1938 e transferida para a guarda da UFPR em 1958 – o edifício é uma construção do século XVIII, que após a expulsão da Companhia de Jesus do Brasil (1760) acabou se tornando uma ruína. Entretanto foi o primeiro edifício a ser tombado no estado do Paraná e hoje abriga a sede do Museu.

O MAE é um museu multilocalizado; além do espaço museológico em Paranaguá, existem dois outros em Curitiba: a reserva técnica, instalada no Campus Cabral, e uma sala didático expositiva, localizada no Prédio Histórico Central da UFPR. O acervo do museu é composto por artefatos coletados em pesquisas arqueológicas e etnográficas, principalmente do Paraná, daí sua grande importância para a compreensão da história do Estado. Atualmente possui um acervo de aproximadamente 80.000 peças, divididas em quatro grandes coleções: Arqueologia, Cultura Popular, Etnologia e Documentação Sonora, Visual e Textual.

Palácio Visconde de Nácar

Mais que pela opulência e luxo original, o palacete é um referencial da história do Paraná e do Visconde de Nacar. Na primeira metade do século XIX, formou-se uma burguesia comercial e industrial paranaense calcada principalmente na produção e exportação da erva mate. Manoel Antônio Guimarães, o Visconde de Nacar, nascido em 1813, foi o senhor do comércio de Paranaguá, a ponto de somente seus negócios serem suficientes para justificar a instalação de uma casa de cobrança de impostos no município. Vários eram os negócios e imóveis que possuía em Paranaguá: olaria, empresa de transportes marítimos, armazéns no porto e comércio de escravos. Também era colaborador constante da Santa Casa de Misericórdia.

Durante o Império, sua influência junto ao Conselheiro Sinimbú foi decisiva para o crescimento dos seus negócios e da hegemonia de Paranaguá frente a outras cidades litorâneas. Então, não é infundada a hipótese de que o Visconde pretendia ser o primeiro presidente da província e de que seu palacete foi construído com o objetivo de abrigar o governo provincial. Na contínua disputa entre liberais industrialistas e republicanos com os conservadores monarquistas e escravagistas o Visconde ganhou as principais pelejas, exceto pela vitória dos liberais em colocarem Zacharias de Góes e Vasconcelos, um liberal baiano, como primeiro presidente da Província e que impôs Curitiba como capital da província.

Apesar de Visconde ter morado no palacete, durante a maior parte de sua existência a edificação abrigou o poder público municipal, primeiramente na condição de alugado e depois adquirido pelo município. Eis quão bem o projeto servia ao propósito de sede governamental.

Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

O edifício foi construído em 1896 para sediar a Escola Humanitária, em 1960 instalou-se nele o Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá. Possui acervo de livros, telas e peças doadas por moradores, que compõem uma biblioteca, uma pinacoteca e um pequeno espaço com jornais, porcelanas, armas, moedas, instrumentos de trabalhos e peças dos séculos XVII e XVIII. Desta coleção, destacam-se os manuscritos originais de Vieira dos Santos – um dos primeiros a se preocupar com o registro de fatos e documentos relacionados ao Paraná do período colonial e imperial -, a imagem de Nossa Senhora das Vitórias e o canhão do corsário francês que naufragou na ponta da ilha da Cotinga, em 1718.

Devido aos importantes serviços prestados à sociedade, o IHGP foi declarado de utilidade pública para o Município, Estado e União.

Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá
Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá
Autoria: ND
Fonte: http://ilhadomelfm.com.br/reuniao-mensal-do-instituto-historico-e-geografico-de-paranagua-contara-com-varias-atracoes/

Estação Histórica de Alexandra

A estação de Alexandra foi inaugurada em 1883 e era uma estação intermediária de parada técnica para trens e que proporcionou aos colonos italianos um meio rápido de comunicação com os centros consumidores. Lamenha Lins ressaltou esse ponto em seu primeiro relatório presidencial em 1875. A localidade de Alessandra, que virou Alexandra, foi o primeiro estabelecimento colonial dos italianos no Paraná (1875).

O edifício está conservado quase intacto até os dias de hoje. No pavimento superior ficava a residência do agente. A importância de sua preservação, além da representação histórica, deriva dos padrões que apresenta para um edifício de seu tempo, como as medidas da plataforma, idênticas às demais do mesmo período. No primeiro semestre de 1882, já correndo trens de serviço entre Morretes e Paranaguá, encontrava-se concluído, com exceção da plataforma. É o único prédio da linha ainda conservado em suas linhas originais!” (Ao Apito do Trem, de Edilberto Trevisan, 1986).

Estação Ferroviária de Paranaguá

A estação de Paranaguá foi inaugurada em 1883 juntamente com o curto trecho Morretes-Paranaguá, estendido até Curitiba dois anos depois. A estação de 1883 não foi desmantelada, mas incorporada às novas dependências. A estação atual foi entregue 1922 e foi construída e alongada de modo a unir-se com o armazém de cargas” (Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense, Curitiba, 1972, pp. 367-369).

A estação de Paranaguá recebeu trens de passageiros, que vinham de Curitiba para a famosa descida da Serra do Mar. Essa atividade turística funcionou até meados da primeira década dos anos 2000, quando a viagem de trem teve seu percurso diminuído até a cidade de Morretes, devido ao desinteresse da cidade de Paranaguá em ter o trem turístico. Atualmente está em processo projeto de restauro.

Casa Elfrida Lobo

A Casa Elfrida Lobo está situada na área envoltória do centro histórico de Paranaguá. Sua construção deu-se no final do século XIX e início do século XX. Em estilo eclético, a casa abrigou durante três gerações (1930 a 1970) a família Lobo, o que lhe valeu a designação. Atualmente o casarão pertence à Prefeitura Municipal de Paranaguá, tendo a denominação “Casa Elfrida Lobo”, figura ilustre da sociedade parnanguara que muito se preocupou com a conservação do imóvel.

Casa Elfrida Lobo
Casa Elfrida Lobo
Autoria: ND
Fonte: https://folhadolitoral.com.br/cultura-e-entretenimento/atividades-musicais-acontecem-na-casa-elfrida-lobo/

Antiga Alfândega de Paranaguá

A alfândega de Paranaguá funcionou inicialmente no edifício do antigo Colégio dos Jesuítas, hoje Museu de Arqueologia e Artes de Paranaguá. A edificação da nova Alfândega foi iniciada em 1903, na zona do Porto D. Pedro II. Trata-se de um prédio de arquitetura do fim do século XIX e início do século XX – arquitetura eclética, predominantemente do estilo Romano-Renascentista.

Depois de ficar por muito tempo abandonado, quando a alfândega deixou o prédio, a Prefeitura Municipal de Paranaguá solicitou a cessão do edifício a fim de instalar o Centro de Cultura, com museu e biblioteca, além de preservar o imóvel promovendo a sua restauração.

Antiga Alfândega de Paranaguá
Antiga Alfândega de Paranaguá
Autoria: ND
Fonte: https://www.gestour.com.br/cabofrio/atrativos/detalhes/4909?idCompanySubType=0

Estação Ecológica de Guaraguaçu

Criada em 1992, está localizada na planície costeira do estado do Paraná, entre os rios Guaraguaçu e Pequeno. A Estação Ecológica abrange parte do território de Paranaguá, Pontal do Paraná e Matinhos. Sua extensão é de 1.150 hectares.

Nela os limites ambientais são considerados satisfatoriamente conservados, constituída por Floresta Atlântica das terras baixas e ecossistemas pioneiros de restingas arbóreas, manguezais, caxetais e brejos. Uma das únicas no Estado do Paraná ainda mantidas. Nela contém espécies vegetais ameaçadas de extinção como o palmito-juçara (Euterpe edulis), a caxeta (Tabebuia Cassinoides), bromélias e orquídeas ornamentais, são alguns exemplos do patrimônio que sofreram com a exploração. Entre a fauna ameaçada tem espécies como o jaó-do-litoral (Crypturellus noctivagus), o jacaré-de-papo-amarelo (Caimam latirostris), a onça-parda (Puma concolor), a jaguatirica (Felis pardalis), a lontra (Lontra longicaudis), o bicudinho-do-brejo (Stymphalornis acutirostris) e o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), esses dois últimos de forma bastante restrita – o que demonstra a importância para a conservação dessas espécies.

A estação Ecológica de Guaraguaçu é a que contém a maior remanescente da Mata Atlântica brasileira, fazendo parte das 25 mais importantes áreas para a preservação da biodiversidade no mundo, com altos índices de risco. Para a fiscalização, implementação da infra-estrutura necessária para a efetiva proteção da área, ações de educação ambiental com a população do entorno e a confecção do plano de manejo desta consevação por uma experiência pioneira de co-gestão, a secretaria do meio ambiente do Paraná (SEMA/IAP), delegou à Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental, a gestão e administração da Estação Ecológica de Guaraguaçu, financiado pelo banco alemão KFW e do governo do Paraná, Programa Pró-Atlântica.

Estação Ecológica de Guaraguaçu
Estação Ecológica de Guaraguaçu
Autoria: ND
Fonte: http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Planos_de_Manejo/Estacao_Ecologica_Guaraguacu/0CAPA_PM_EEG.PDF

Parque Estadual do Palmito

Criada em 1998, com o objetivo de proteger uma área remanescente da Mata Atlântica através da exploração sustentável da atividade silvicultura do palmito-juçara e pupunha, a iniciativa tem o intuito de reduzir a exploração ilegal e predatória do Palmito Nativo que existe na região. Em 2016, a Floresta se tornou Parque Estadual do Palmito. A unidade de conservação dispõe de algumas trilhas como: – Trilha do Jacu; – Trilha Neuton; – Trilha interpretativa com 1.620m no interior da Floresta Atlântica, na qual pode ser observada vegetação composta por várias espécies de árvores de grande porte como o Palmito (Euterpe edulis), Jerivá (Syagrus romanzoffiana), Guanandi (Calophillum brasiliense), Cupiúva (Tapirira guianensis), Figueira (Ficus sp.) e a Massaranduba (Maniokara subcericia) e ambientes formados por orquídeas e bromélias, além da fauna local.
Instituído em 1998, dentro da categoria de Floresta (conciliação entre a conservação do meio ambiente com o uso dos recursos naturais), em junho de 2017 o Governo do Estado transformou-o em Parque Estadual, garantindo proteção total, permitindo apenas o desenvolvimento de pesquisas científicas e turismo ecológico. As trilhas são suas grandes atrações, podem ser observadas além do palmito, orquídeas e bromélias. Também são observados a fauna nativa, como o cachorro-do-mato, tamanduá-mirim, gato-do-mato-pequeno, entre outros. O parque é referência na observação de avifauna, são vistos mais de 250 espécie de aves, com destaque para supi-de-cabeça-cinza, o tangará e a rendeira. As visitas a essa Unidade de conservação devem ser pré-agendadas.

Parque Estadual do Palmito
Parque Estadual do Palmito
Autoria: Dias, R.
Fonte: http://www.wikiparques.org/tag/parque-estadual-do-palmito/

Ilha dos Valadares

Está localizada a 400 metros do centro da cidade, seu acesso se dá por uma passarela que liga a ilha ao continente. Nela habitam aproximadamente 25 mil pessoas, em sua maioria pescadores e artesãos. Tradicionalmente é o palco do fandango paranaense – única dança típica litorânea, e lugar de origem do barreado – comida típica paranaense. Os principais produtos do artesanato são a cestaria e a cerâmica.

Ilha dos Valadares
Ilha dos Valadares
Autoria: ND
Fonte: http://www.blogdaluciane.com.br/2014/02/vereadora-sandra-neves-insiste-na-revisao-do-iptu-cobrado-no-valadares/ilha-dos-valadares/

Praça da Fé

Antigo aterro do bairro do Rocio, urbanizado e transformado em espaço religioso para a realização da missa campal para Nossa Senhora do Rocio. O dia de homenagem a padroeira é 15 de novembro, milhares de fiéis, de todos os cantos do Brasil, vão dar graças as bençãos recebidas. O local onde a imagem foi encontrada, é simbolizado pela pedra em destaque na Praça da Fé, onde foi construída a primeira capela.

Praça da Fé
Praça da Fé
Autoria: ND
Fonte: http://trilhaselugares.com/auto-da-paixao-de-cristo-sera-no-rocio/

Praça de eventos 29 de julho / Mário Roque

Localizada no setor histórico da cidade, este espaço reservado para eventos valoriza o casario e reúne monumentos que contam a história de Paranaguá, como o Chafariz Outono, o Obelisco comemorativo a elevação de Paranaguá à categoria de cidade e o antigo bebedouro para animais, em ferro fundido.

Um dos maiores eventos do local é o Encontro Internacional de Motociclistas (agosto), considerado o maior evento da região sul do país na sua modalidade – que tem como objetivo promover e estimular o turismo social através da integração e da confraternização dos motos clubes do Brasil. O evento acontece ao ar livre numa vasta programação que inclui: benção aos motociclistas, feira do artesanato, feira gastronômica, feira de produtos direcionados aos motociclistas, shows artísticos/culturais, shows com manobras radicais, show pirotécnico, entre outros.

Conservatório Municipal Waltel Branco

Inaugurado em 23 de setembro de 2016, na Casa Elfrida Lobo, o evento contou com a presença do renomado maestro que empresta seu nome ao conservatório. No lugar está uma de suas frases mais famosas: ‘’Sou baiano da Bahia de Paranaguá’’.

O conservatório iniciou com 600 vagas para o aprendizado de diversos instrumentos musicais. A orquestra dos metais é um conjunto musical, cuja formação centraliza-se na seção de metais, como: trompete, flugelhorn, cornet, trompa, trombone, eufônio e tuba. Percussão: bateria completa, xilofole, glockenspiel, vibrafone, marimba, pandeiro e outros.

Todas as salas do local levam nomes de artistas de Paranaguá de diferentes gerações como Mestre Romão, Adélia Barros, Itiberê de Lima, Anibal de Lima, Brasílio Itiberê, Endrigo Bettega, Heitor Villa Lobos e dona Zezita.

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Conservatório Municipal Waltel Branco
Autoria: ND
Fonte: https://web.facebook.com/CMWalteBranco/photos/a.1672171689763138.1073741828.1672079309772376/1672171673096473/?type=3&theater

Palácio Mathias Bohn

Construído no final do século XVIII, o local teve sua fachada reformada no estilo historicista no final do século XIX, para se tornar Palácio Mathias Bohn – comerciante alemão que se estabeleceu em Paranaguá.

Palácio Mathias Bohn
Palácio Mathias Bohn
Autoria: ND
Fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?evento=36536

Mercado do Café

Construído em meados do século XIX, no estilo neoclássico, foi reformado no início do século XX e adaptado com tendências do classicismo. Era um ponto de degustação do café, mas ao contrário do que possa sugerir o nome, o Mercado Municipal do Café de Paranaguá, localizado no Centro Histórico, não serve apenas um bom café da manhã, no espaço, dez restaurantes diferentes servem desde pratos comerciais até frutos do mar e barreado, comida típica do litoral paranaense: refeições à base de frutos de mar e comida típica do litoral, além dos tradicionais bolinhos de camarão, de banana e pastéis de vários sabores.

Mercado do café
Mercado do café
Autoria: Tibilletti, M. (2014)
Fonte: http://www.paranagua.pr.gov.br/noticias/noticia5892.html

Casa Monsenhor Celso e Casa Brasílio Itiberê

O sobrado, de linhas simples, é a ampliação de casa térrea erguida no século XVIII e irmã gêmea da edificação ao lado (Casa Brasílio Itiberê). As casas onde viveram os irmãos Celso e Brasílio Itiberê da Cunha – o primeiro se tornaria monsenhor e o segundo diplomata – e se imortalizou por suas composições musicais.

As construções do século XVIII estavam em ruínas e dela somente restavam paredes externas, quando o departamento de Patrimônio Histórico e Artístico da Diretoria de Assuntos Culturais da Secretaria de Estado da Cultura e a Prefeitura Municipal de Paranaguá iniciaram as obras de restauração.

Casa Monsenhor Celso e Casa Brasílio Iteberê
Casa Monsenhor Celso e Casa Brasílio Iteberê
Autoria: ND
Fonte: http://www.paranagua.pr.gov.br/noticias/noticia4786.html

Mercado do Artesanato

A construção, que foi erguida em 1914, já abrigou o Mercado do Peixe que servia à comunidade dos pescadores que ali vinham comercializar os seus pescados. Funcionava sempre de madrugada e ao anoitecer e, em 1983, depois de uma reforma, se tornou o então Mercado de Artesanato, servindo como ponto de venda do artesanato típico da região.

Mercado do Artesanato
Mercado do Artesanato
Autoria: ND
Fonte: https://www.gestour.com.br/gramado/atrativos/mercado-municipal

Fonte Velha ou Fontinha

Também chamada de “Fonte Velha” e “Fonte de Cima”, sua construção remonta ao século XVII e é a mais antiga construção em alvenaria militar do município. Olho d’água natural e potável, que os índios Carijós chamavam de Camboa, e que significava lugar de água boa, foi o primeiro reservatório de água do litoral, servindo à vila e depois ao povoado de Paranaguá por mais de 200 anos.

De características nitidamente coloniais, foi construída com pedras que serviram de lastro aos navios negreiros originalmente. Abastecia os navios veleiros com “aguada”, que aportavam no Taguaré (primitivo nome no Rio Itiberê) como última etapa antes de cruzarem o oceano. No fundo escuro e misterioso do subsolo, há uma caixa que se alonga em galeria, atravessando a cidade no sentido leste-oeste, até a localidade Porto dos Padres. Dizem que semelhante saída servia de refúgio dos Jesuítas, quando da perseguição provocada pela Lei Pombalina, que baniu a Ordem do Brasil.

Fonte Velha ou Fontinha
Fonte Velha ou Fontinha
Autoria: ND
Fonte: https://www.facebook.com/paranaguatemhistoria/photos/rpp.1489233951334757/2036252526632894/?type=3&theater

Ilha do Mel

A Ilha do Mel tem aproximadamente 95% de sua área composta por ecossistemas de restinga e floresta atlântica, o que a elevou à categoria de Estação Ecológica em 1982. Em março de 2002 foi criado o Parque Estadual da Ilha do Mel com uma área de 337,84 hectares. Seus principais atrativos são o Farol das Conchas, a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres e a Gruta das Encantadas. A ilha é reserva ecológica (tombada pelo Patrimônio Histórico em 1975, é administrada pelo Instituto Ambiental do Paraná desde 1982). O turista dispõe de pousadas e pequenos restaurantes. A ilha tem cinco vilarejos: Fortaleza, Nova Brasília ou Brasília, Farol, Praia Grande e Encantadas.

Antes da Segunda Guerra Mundial a ilha era conhecida como a ilha do Almirante Mehl, que se dedicou à apicultura. Marinheiros aposentados viviam na Ilha e dedicaram-se à apicultura, produzindo uma quantidade tamanha que chegaram a exportar o produto até os anos 60. A água doce existente na ilha contém mercúrio. Em contato com a água salgada isto causa uma coloração amarela, semelhante à cor de favos de mel. Os índios Carijós que viviam na região apreciavam muito o mel de abelhas, então a exploração apícola é antiga. A ilha seria entreposto para navios comprarem mantimentos, entre eles farinha (mehl em alemão).

Ilha do Mel
Ilha do Mel
Autoria: Forone, P.
Fonte: http://specialparana.com/ilha-do-mel/

REFERÊNCIAS

AMBIENTE Brasil. Estação Ecológica de Guaraguaçu. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/unidades_de_conservacao/artigos_ucs/estacao_ecologica_de_guaraguacu.html&gt;.

FOLHA do Litoral News. Conservatório Musical é inaugurado em Paranaguá. Disponível em: <https://folhadolitoral.com.br/cultura-e-entretenimento/conservatorio-musical-e-inaugurado-em-paranagua/#.WsUPPjNv_IU&gt;.

GESTOUR Brasil. Mercado do Artesanato. Disponível em: <https://www.gestour.com.br/gramado/atrativos/detalhes/4948/mercado-do-artesanato-paranagua-pr&gt;.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Cultura. Coordenação do Patrimônio Cultural. Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso. Disponível em: <http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=189&gt;.

Prefeitura Municipal de Paranaguá. Disponível em: <http://www.paranagua.pr.gov.br&gt;.

WIKIParques. Parque Estadual do Palmito. Disponível em: <http://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Estadual_do_Palmito&gt;.