Curitiba

Curitiba

A capital do estado do Paraná foi fundada em 29 de março de 1693. Seu nome significa, na linguagem dos índios Guarani, pinheiral – Curitiba significa a predominância do Pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia).

A cidade participou de diversos ciclos econômicos do Paraná: no século XVII a primeira atividade econômica foi a mineração, aliada à agricultura de subsistência. Nos séculos XVIII e XIX, a pecuária teve seu momento de protagonismo com a atividade tropeira – que tinha na região dos “campos de Curitiba” um dos pontos de paradas das tropas durante as invernadas. Com a expansão da erva-mate e da madeira – os mais importantes ciclos econômicos do Paraná –, ainda no século XIX, dois acontecimentos realçaram esse período efervescente: a chegada em massa de imigrantes europeus e a construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, ligando o litoral ao Primeiro Planalto Paranaense.

Os imigrantes ajudaram a compor a história de Curitiba e mantêm até os dias de hoje traços da sua cultura com os modos de “ser” e de “saber-fazer”, as festas cívicas e religiosas, dança, música, culinária, expressões linguísticas e a memória dos antepassados – que é representada nos diversos museus da cidade, memoriais da imigração (alguns em espaços públicos como parques e bosques municipais).
A indústria cresceu significativamente e alterou o perfil econômico da cidade no século XX, que antes era baseado nas atividades comerciais e no setor de serviços. Durante os anos 70, passou por um processo de urbanização acelerada, em parte em função da migração do campo para a cidade – que marcou o Paraná nesse período.

Casa da Memória

A Casa da Memória foi criada para proteger e valorizar o patrimônio cultural de Curitiba e do Paraná. A Casa da Memória passou por diversos endereços no Setor Histórico de Curitiba. Inicialmente, funcionou na Casa Romário Martins; em 1985, se instalou no Solar dos Guimarães, na Rua 13 de Maio, onde se manteve até 1993, quando foi transferida para um imóvel na Rua do Rosário. Em 1999, ocupou um prédio comercial na Rua São Francisco.

Sua sede definitiva foi inaugurada em 2000 e no atual endereço funciona também a Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação Cultural de Curitiba.
O acervo contém documentos impressos e manuscritos, periódicos, livros e materiais iconográficos, como aquarelas, plantas, mapas, projetos de construção, rótulos, fotografias em papel, positivos e negativos. Todo o acervo foi adquirido por meio de pesquisas, doações da comunidade e aquisições realizadas com a cooperação de leis de incentivo à cultura.

Casa da Memória
Casa da Memória
Autoria: ND
Fonte: http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/espacos-culturais/casa-da-memoria/

Casa Romário Martins

Construído no século XVIII e localizado no Largo da Ordem, foi utilizado como residência até o início do século XIX e, depois, como armazém, até a década de 1970, quando a Prefeitura desapropriou e reformou o edifício. Tornou-se patrimônio da Cidade de Curitiba em 1972, porém recebeu a devida importância na década seguinte, quando passou a ser a primeira sede da Casa da Memória e um local de exposições ligadas à história e à cultura curitibana.

O seu nome homenageia o historiador Alfredo Romário Martins (1874-1948), que nunca residiu no lugar. Considerado o fundador do Movimento Paranista – movimento que buscou valorizar o estado do Paraná após o desmembramento da província de São Paulo –, o historiador também foi deputado estadual em oito oportunidades, obteve participação na criação das bandeiras do Paraná e de Curitiba, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e fundador do Instituto Histórico e Geográfico Paranaense.

Centro Cívico

O projeto do Centro Cívico de Curitiba foi proposto inicialmente por Alfred Agache, urbanista Francês que, em 1941, desenvolveu o projeto que consistia na construção de edifícios governamentais (palácio do governo, secretarias, assembleia legislativa e tribunais), todos no entorno de uma esplanada.

Em 1950, um novo projeto foi feito, no mesmo local, baseado no de Alfred Agache pelos arquitetos modernistas David Azambuja, Olavo Redig dos Santos, Sérgio Roberto Santos Rodrigues e Flávio Régis do Nascimento. As obras do Centro Cívico começaram em 1951 e deveriam ficar prontas até o centenário em 1953, porém atrasaram. O Centro Cívico não foi somente um projeto urbanístico, mas também um símbolo de prosperidade econômica e uma homenagem ao centenário da emancipação do Paraná da província de São Paulo, comemorado em 1953. Desde 2012 o Centro é considerado Patrimônio Cultural Estadual.

Largo da Ordem

O Largo da Ordem é o coração do Centro Histórico de Curitiba e onde se encontra a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, a mais antiga de Curitiba. Nos séculos XVIII, XIX e boa parte do século XX, o largo era uma área de intenso comércio.

No século XVIII, chamava-se Páteo Nossa Senhora do Terço, posteriormente, passou a se chamar Páteo de São Francisco das Chagas. Desde 1917, o nome oficial é Largo Coronel Enéas, em homenagem ao coronel Benedito Enéas de Paula (deputado provincial, vereador, presidente da câmara de Curitiba e juiz de paz). Hoje, apesar de seu nome oficial, todos conhecem como o Largo da Ordem.

Além da Igreja da Ordem, o Largo abriga também outros patrimônios históricos da cidade, como: A Casa Romário Martins, a Casa Vermelha, o Museu de Arte Sacra e o Bebedouro.

Largo da Ordem
Largo da Ordem
Autoria: Porto, I.
Fonte: http://www.isabelporto.com/pt/largo-da-ordem/

Memorial Ucraniano

O Memorial Ucraniano está localizado dentro do Parque Tingüi, como um tributo aos imigrantes ucranianos no Paraná. Os imigrantes chegaram em 1891 e fixaram-se na Colônia Santa Bárbara; na segunda leva, em 1895, estabeleceram-se nos arredores de Curitiba e também nas cidades de Prudentópolis e Mallet. Cerca de 45 mil imigrantes ucranianos chegaram no Estado até 1914, em 1995 foi inaugurado o Memorial.

Memorial Ucraniano
Memorial Ucraniano
Autoria: ND
Fonte: https://catracalivre.com.br/brasil/lugares/memorial-ucraniano/

Paço da Liberdade

Inaugurado em fevereiro de 1916 e projetada como a própria sede da Prefeitura Municipal, o projeto do Paço foi assinado pelo engenheiro e Prefeito da época, Cândido Ferreira de Abreu. Em 1955, a Câmara Municipal foi transferida para a Rua Barão do Rio Branco e a Prefeitura permaneceu no edifício até 1969, mudando para o Palácio 29 de Março. O prédio já abrigou o Museu Paranaense (1974-2002) e em 2009 foi revitalizado e transformado em um espaço cultural, até hoje administrado pelo SESC. O Paço da Liberdade foi tombado como patrimônio Nacional pelo IPHAN em 1941 e é o único edifício de Curitiba tombado nas esferas nacional, estadual e municipal, fato que demonstra a sua relevância histórica e arquitetônica.

Paço da Liberdade
Paço da Liberdade
Autoria: ND
Fonte: http://www.curitiba.pr.gov.br/conhecendocuritiba/pacoliberdade

Palácio 29 de Março

Localizado no Centro Cívico, o prédio foi inaugurado em novembro de 1969 e serve de sede do Executivo Municipal. O Palácio 29 de Março é um importante exemplar da arquitetura modernista de Curitiba, tombado pelo Patrimônio Estadual juntamente com todo o conjunto edificado de Curitiba. Os três painéis da fachada frontal foram colocados em 1996 e são de autoria de Marilia Kranz (desenhos) Adoaldo Lenzi (execução).

Palácio 29 de Março
Palácio 29 de Março
Autoria: ND
Fonte: http://www.curitiba.pr.gov.br/conhecendocuritiba/palacio29demarco
Acervo: Prefeitura Municipal de Curitiba

Palácio da Liberdade

Tombado pelo Patrimônio Estadual, o Palácio assinado pelo engenheiro italiano Ernesto Guaita era a residência de Leopoldo Ignácio Weiss, engenheiro dos Correios e Telégrafos. A beleza do Palacete Weiss chamaram a atenção do Poder Público que o adquiriu e o transformou em Palácio do Governo Estadual, no início da República. Em 1938, a sede do executivo foi transferida e a edificação passou a abrigar a Chefatura de Polícia, a Secretaria de Interior e Justiça e, recentemente, o Museu de Imagem e do Som.

Palácio da Liberdade
Palácio da Liberdade
Autoria: ND
Fonte: http://www.curitiba.pr.gov.br/conhecendocuritiba/palaciodaliberdade
Acervo: Secretaria de Estado de Cultura

Palácio Rio Branco

Datado de 1892 e projetado pelo engenheiro Ernesto Guaita, o Palácio Rio Branco era conhecido como Palácio do Congresso e foi construído com o intuito de instalar sedes adequadas dos poderes executivo e legislativo no Paraná, no período republicano que se iniciava – nesse caso, a Assembleia Legislativa. O Palácio é o primeiro exemplar da arquitetura oficial republicana no Paraná e abrigou a Assembleia até 1957, quando um novo prédio foi inaugurado no Centro Cívico. O imóvel foi doado para o Município e em 1963 passou a ser chamado Palácio Rio Branco, a sede da Câmara Municipal de Curitiba. Em 1972 foi construído um anexo para as atividades administrativas e aos gabinetes dos vereadores e no ano de 1978 o prédio foi tombado como patrimônio Cultural do Paraná.

Palácio Rio Branco
Palácio Rio Branco
Autoria: Castro, E. A.
Fonte: http://www.curitiba.pr.gov.br/conhecendocuritiba/palacioriobranco

Palácio São Francisco

O Palacete Garmatter foi construído no final da década de 1920. A edificação de grande porte – com três pavimentos e 1.145,00 m² de área construída – foi projetada por Eduardo Fernando Chaves e tem como modelo a Casa Rasch do arquiteto berlinense Hermann Muthesius, de 1913.

Em 1938, a residência foi adquirida pelo executivo estadual e passou a sediar o Palácio do Governo, permanecendo com esta atividade até 1954, quando foi inaugurado o Palácio Iguaçu. Em seguida, abrigou o Tribunal Regional Eleitoral (até 1987), o Museu de Arte do Paraná (até 2002) e, finalmente, o Museu Paranaense. O Palácio São Francisco é tombado pelo Patrimônio Estadual.

Palácio São Francisco
Palácio São Francisco
Autoria: Castro, E. A.
Fonte: http://www.curitiba.pr.gov.br/conhecendocuritiba/palaciosaofrancisco

Passeio público

Em 1886, o então presidente da Província do Paraná, Alfredo D’Escragnole Taunay transformou um pântano, que causava vários problemas para Curitiba, num parque urbano. O Passeio Público foi o primeiro e único parque público de Curitiba até 1972, quando são inaugurados os parques Barigui, São Lourenço, Boa Vista e Barreirinha. Trata-se de uma obra importante para a estrutura urbana de Curitiba que reuniu três objetivos: saneamento, embelezamento e lazer.

Praça Osório

O local onde se situa atualmente a Praça Osório era, na metade do século XIX, um grande pântano. Os melhoramentos da Praça Osório iniciam-se em 1903, com terraplanagem, colocação de calçadas, pavimentação com saibro e pedregulho e arborização. Em outubro de 1905, o espaço é inaugurado com a apresentação da banda de música do Regimento de Segurança do Estado.

Entre 1913 e 1916, o logradouro ganhou um novo projeto paisagístico, à francesa, com um repuxo circular centralizado, ornamentado por estátuas de sereias e de um cisne, em bronze; a plantação de aléias, a instalação de um coreto e de um relógio elétrico. A praça Osório passa a ser um endereço sofisticado, com imponentes residências, entre as quais a do então Presidente do Paraná, Affonso Camargo, que ainda pode ser admirada por todos nós.

Em 1927, juntamente com a Rua XV de Novembro, tem suas vias asfaltadas e as calçadas ganham um novo revestimento, o petit pavet, com um desenho exclusivo, de inspiração na arte dos índios Guaranis. Durante todo o século XX, inúmeras intervenções e melhoramentos são realizados na Praça Osório, considerada por muitos uma das mais bonitas de Curitiba. Sua paisagem foi tombada pelo Patrimônio Estadual em 1974, juntamente com a Rua XV de Novembro e a Praça Santos Andrade. No local encontram-se três edifícios representativos de nossa arquitetura modernista: o Santa Julia (1954), o Asa (1957) e o Provedor André de Barros (1969).

Praça Osório
Praça Osório
Autoria: ND
Fonte: http://www.almadeturista.com/praca-general-osorio-curitiba-pr/

Praça Tiradentes

É na Praça Tiradentes que começa a história de Curitiba. Ali se fixa a população da antiga vilinha do Atuba e ocorrem os fatos mais significativos da cidade. É a partir deste espaço que surgem as primeiras ruas.

Como integrante da região central e cartão postal de Curitiba, a Praça Tiradentes recebeu, ao longo dos anos, inúmeras intervenções e melhoramentos urbanísticos: a mais importante aconteceu em 2008, com a substituição do calçamento e da iluminação, além da exposição de uma calçada formada por blocos de pedra, do período colonial, encontrada a cerca de um metro de profundidade do piso atual. Placas de vidro resistente assentadas no chão permitem a visualização deste testemunho de tempos passados.

Na Praça Tiradentes, localizam-se os edifícios da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz e do antigo Palacete Hauer, atualmente ocupado por uma loja de departamentos. O local conta também com várias estátuas e dois monumentos que marcam a estreita ligação do local com a história da cidade, o “Monolito da Fundação” e o “Marco Zero”, ambos localizados em frente à Catedral.

Praça Tiradentes2
Praça Tiradentes
Autoria: ND
Fonte: http://www.curitibaantiga.com/fotos-antigas/310/Pra%C3%A7a-Tiradentes-vista-por-outro-%C3%A2ngulo.html

Ruínas de São Francisco

Rota dos passeios de domingo e das atividades culturais de muitos curitibanos, as Ruínas de São Francisco têm uma história curiosa. Distantes de serem o que sobrou de um edifício demolido pela ação do homem ou do tempo, suas paredes de pedra são, na verdade, resquícios de uma construção inacabada do que viria a ser a Igreja de São Francisco de Paula, que atravessou as décadas praticamente ilesa ao crescimento da cidade.

Outro diferencial das ruínas é o fato de elas serem tombadas pelo patrimônio histórico do estado. Isso porque, juntamente com o Belvedere, elas compõem o conjunto de edificações da Praça João Cândido, que recebeu o título em 1966.

Hoje o local é fechado com grades , para protegê-lo das destruição do local e vandalismo, ao lado das Ruínas de São Francisco está localizado o anfiteatro e arquibancadas ao ar livre.

Ruínas de São Francisco
Ruínas de São Francisco
Autoria: ND
Fonte: http://www.curitiba-parana.net/patrimonio/ruinas.htm

Rua XV – Rua das Flores

A Rua das Flores é sem dúvida a mais famosa da cidade e reúne moradores e turistas de todos os lugares em uma só via. O termo “das Flores” deu lugar ao “XV de Novembro”, que homenageia a data da Proclamação da República do Brasil. Atualmente a rua é denominada por “Rua XV” e também por “Rua das Flores”. Durante sua história, o local teve sua ocupação datada na metade do século XIX em função do enriquecimento da cidade oriundo do ciclo da erva-mate.

No dia 20 de maio de 1972, a Rua XV de Novembro, que fica bem no centro de Curitiba, se tornou a primeira grande via pública exclusiva para pedestres do país. Com isso, o centro ganhou um grande corredor de passagem, em uma época com vários cinemas de rua, bares e lojas na XV. O calçadão, como é conhecido, começa na Praça General Osório e se estende até a Praça Santos Andrade.

No seu trajeto, destaque para a Boca Maldita, o Bondinho, a Galeria Tijucas, o Palácio Avenida, o cruzamento com a Marechal Floriano Peixoto, as casas antigas, as lojas de departamento, a Associação Comercial do Paraná, o Correio Velho e o prédio histórico da UFPR.

Estação Ferroviária de Curitiba

A estação de Curitiba foi inaugurada em 1885 e era ponto final da linha Curitiba-Paranaguá. Em 1891, essa linha foi continuada até a cidade de Ponta Grossa. Com a ligação à Ponta Grossa – que em 1906 passou a compor a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande – a cidade de Curitiba saiu de seu isolamento. A estação permaneceu ativa até 13/11/1972, quando dela saiu o último trem para Paranaguá. Nesse dia, foi inaugurada a estação de Curitiba-nova, ou a Rodoferroviária, como é mais chamada (que comporta a Estação Ferroviária e a Estação Rodoviária). Alguns trens turísticos para a Lapa ainda saíram dessa estação por algumas oportunidades, até os anos 1980.

No início dos anos 1990, os trilhos foram definitivamente retirados e antiga ligação com a Rodoferroviária e a saída para Ponta Grossa, que ainda persistia, foi finalmente desfeita. Hoje, somente sobram os trilhos à frente da plataforma, abrigando algumas locomotivas e carros que fazem parte do museu que dentro da estação está instalado. O antigo pátio foi totalmente coberto com o Shopping Estação.

Museu Paranaense

O Museu Paranaense foi inaugurado no dia setembro de 1876 em uma construção localizada no Largo da Fonte – local que atualmente é a Praça Zacarias. Surgiu como o primeiro do Paraná e o terceiro no cenário brasileiro. Ao longo da história, o Museu Paranaense ocupou seis sedes até a fixação no Palácio São Francisco.

Atualmente, os visitantes podem contemplar um acervo aproximado de 400 mil itens que retratam a história do Paraná. Destaque para objetos de uso pessoal, mobiliário, armas, uniformes, indumentárias, documentos, mapas, fotos, filmes, discos, máquinas, equipamentos de diversas espécies, moedas, medalhas, porcelanas, pinturas em diversas técnicas e esculturas, além de grande acervo arqueológico, antropológico e retratos a óleo. Todo o conteúdo é mostrado ao público através de exposições abertas e gratuitas. O Museu Paranaense também desenvolve atividades culturais e pesquisas nas áreas de Arqueologia, Antropologia e História.

Bosque do Papa

O Bosque João Paulo II, inaugurado em dezembro de 1980, não só eternizou a passagem do Papa por Curitiba em junho de 1980 quando ele visitou a casa típica polonesa montada durante a solenidade no Estádio Couto Pereira. Pelos caminhos internos do bosque, encontram-se sete casas típicas polonesas em forma de aldeia, construídas no início da colonização polonesa na região de Curitiba por volta de 1878, e remontadas no bosque. As casas, feitas de troncos de pinheiro encaixados, abrigam a história e a cultura dos imigrantes.

Na primeira casa, a mesma visitada pelo Papa, foi instalada a capela em homenagem à Virgem Negra de Czestchowa, padroeira da Polônia. Nas demais, pode-se conhecer os móveis e utensílios da época da primeira imigração, 1871, como a pipa de azedar repolho e ver de perto o Museu agrícola onde se destacam a carroça, o abanador de cereais, o amolador de pedra e outras ferramentas da época. Na trilha em meio ao bosque, encontra-se uma escultura do Papa João Paulo II e um monumento em homenagem a Nicolau Copérnico.

O “Bosque do Papa”, assim conhecido pelos curitibanos, proporciona uma viagem ao coração e à história de um povo, um obrigado e uma homenagem da cidade ao imigrante polonês.

Bosque do Papa
Bosque do Papa
Autoria: ND
Fonte: http://curitibaspace.com.br/bosque-do-papa-bosque-estadual-joao-paulo-ii/

UFPR

A história da Universidade Federal do Paraná está diretamente ligada a história do Paraná, é a mais antiga Universidade do país. Em 1892, o político Rocha Pombo tinha em mente a criação de uma universidade no Estado, que nesse período passava por instabilidade gerada pela Revolução Federalista, que acontecia no Sul do Brasil causada pela divergência entre as elites republicanas e federalistas.

Por conta deste contexto, somente em 1912, por meio de um movimento da Universidade do Paraná e pela necessidade de profissionais mais qualificados no Estado, Victor Ferreira do Amaral e Silva, em 19 de dezembro de 1912, liderou a efetiva criação da Universidade do Paraná – “O dia 19 de dezembro representou a emancipação política do Estado (1853) e deve também representar sua emancipação intelectual” (Victor Ferreira do Amaral e Silva).

Em 1913, a universidade começou a funcionar, sendo na época particular. Os cursos ofertados de início: Ciências Jurídicas e Sociais, Engenharia, Medicina e Cirurgia, Comércio, Odontologia, Farmácia e Obstetrícia. O fundador foi o seu primeiro reitor.
Em 1946, se inicia a luta pela sua federalização, o reitor da época Flavio Suplicy de Lacerda, conseguiu a mobilização do Estado e em 1950, a instituição era pública e gratuita e se chamava Universidade Federal do Paraná, usando o ensino, a pesquisa e a extensão como norteamento das atividades da universidade. São mais de 100 anos de história, resistência e perseverança. É a maior criação da cultura paranaense, eleita símbolo de Curitiba.

Jardim Botânico

O Jardim Botânico de Curitiba, inaugurado em outubro de 1991, é uma área protegida e constituída por coleções de plantas vivas, cientificamente reconhecidas, organizadas e identificadas, com a finalidade de estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do país, em especial da flora paranaense.

Com 458 m², a estufa de ferro e vidro, inspirada no Palácio de Cristal de Londres, abriga em seu interior, exemplares vegetais característicos das regiões tropicais. Emoldura a estufa um imenso jardim em estilo francês com seus canteiros geométricos. Também fazem parte da paisagem chafarizes e a escultura intitulada “Amor Materno” do artista João Zaco.

Uma das atrações do Jardim Botânico é o Jardim das Sensações, inaugurado em 2008 e tem por objetivo despertar no visitante, sem o uso da visão, os sentidos do olfato e do tato, através do contato direto com as mais de 60 espécies vegetais disponibilizadas no local.

O Jardim Botânico Municipal tem grande potencial no processo de educar através de experiências diretas com o mundo natural. Neste espaço tão especial são ofertadas atividades de Educação Ambiental, para alunos de todas as redes de ensino, voltadas a preservação ambiental. O Salão de Exposições, com auditório, é um espaço disponível para a divulgação dos mais diversos trabalhos artísticos e científicos, estes correlacionados ao meio ambiente.

Jardim Botânico
Jardim Botânico
Autoria: Rosa, G.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/jardim-botanico-recebe-flores-mais-resistentes-as-variacoes-climaticas-de-curitiba-2xqifpybmmp38cd7acs0pcetx

Museu Oscar Niemeyer

O MON foi inaugurado em 2002. O projeto é de autoria do reconhecido arquiteto brasileiro que leva seu nome. Com um total de 12 salas expositivas, a cada ano são realizadas mais de 20 mostras, que juntas recebem um público superior a 300 mil visitantes.

Com equipe multidisciplinar, que visa aproximar e aperfeiçoar a experiência dos visitantes com as artes visuais, o Museu possui o setor de Ação Educativa que atende diariamente estudantes, professores e o público em geral, bem como realiza cursos e oficinas abertas ao público, com o objetivo de capacitar pessoas no desenvolvimento de trabalhos e projetos.

Teatro Guaíra

Sediado na praça Santos Andrade, com projeto arquitetônico de Rubens Meister (um dos precursores da arquitetura moderna no Paraná e um dos responsáveis pela implantação do curso de Arquitetura na UFPR), o edifício do Teatro Guaíra abriga três auditórios, Bento Munhoz da Rocha Netto, Salvador de Ferrante e Glauco Flores de Sá Brito, e quatro corpos estáveis, a Orquestra Sinfônica do Paraná, o Balé Teatro Guaíra, o G2 Cia de Dança e a Escola da Dança.

Sua construção teve início no ano de 1952 e ocupa um quarteirão entre as ruas Conselheiro Laurindo, Amintas de Barros, Tibagi e XV de Novembro. O projeto de 17 mil metros foi um dos marcos da arquitetura modernista no Paraná.

Teatro Guaíra
Teatro Guaíra
Autoria: ND
Fonte: https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2016/07/13/viaje-pela-historia-do-teatro-guaira-em-um-tour-guiado-gratuito.htm

Teatro do Paiol

No dia 27 de dezembro de 1971, Curitiba deu um importante passo na história: um antigo abrigo de pólvora foi transformado no primeiro teatro de arena da cidade. Para registrar esse importante momento, um show à altura: a reunião do poeta Vinícius de Moraes, Marília Medalha, Toquinho e Trio Mocotó. Símbolo cultural e histórico, marcou as reformas urbanísticas e culturais da cidade a partir da década de 70. Pelo palco do Paiol ainda passaram grandes nomes da música brasileira, como Gonzaguinha, Zezé Motta, Djavan, Nana Caymmi, Hermeto Paschoal, Elza Soares, Zizi Possi, e muitos outros. A programação atual do teatro continua privilegiando a música brasileira. Além de shows de artistas nacionais, o Paiol desenvolve intensa programação com grupos, compositores e intérpretes paranaenses.

O antigo paiol, que no passado serviu de abrigo a arquivos municipais e foi sede de uma diretoria de pavimentação de ruas, transformou-se em teatro num ousado projeto de reciclagem assinado pelo arquiteto Abrão Assad.

Teatro do Paiol
Teatro do Paiol
Autoria: ND
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/sobretudo/fundacao-divulga-classificados-para-o-musica-no-paiol/

 

REFERÊNCIAS

CENTRO HISTÓRICO DE CURITIBA. Museu Paranaense. Disponível em: < http://www.centrohistoricodecuritiba.com.br/museu-paranaense/ >.

CURITIBA SPACE. Disponível em: < http://curitibaspace.com.br >.

FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA. Espaços Culturais. Disponível em: < http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/espacos-culturais/patrimoniocultural/ >.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ. Memorial. A Rua XV de Novembro – Patrimônio Cultural do Estado. Disponível em: < http://www.memorial.mppr.mp.br/pagina-38.html >.

PARANÁ. Secretaria da Cultura. Teatro Guaíra. Histórico. Disponível em: < http://www.teatroguaira.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=849 >.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Histórico. Disponível em: < http://www.ufpr.br/portalufpr/historico-2/ >.