Balsa Nova

Balsa Nova

No local denominado de Tamanduá foi fundada a primeira povoação de Balsa Nova no ano de 1702. O povoado cresceu e, em 1709, foi construída a Capela Nossa Senhora do Carmo, que mais tarde passou a ser chamada de Capela de Nossa Senhora da Conceição do Pilar de Tamanduá. Em meados do século XVIII, de acordo com o historiador David Carneiro, “quatro locais, nos Campos Gerais, depois de Curitiba, se equivaliam em importância: Lapa, São José dos Pinhais, Castro e Tamanduá”.

Paralelo à Tamanduá, outro núcleo de ocupação – denominado de Rodeio – deu origem ao atual núcleo urbano da atual Balsa Nova. A troca do nome se deu em consequência da construção de uma balsa feita por Galdino Chaves em 1891, para navegar o rio Iguaçu.

Por haver sobrepujado, em qualidade, as balsas anteriormente construídas, ganhou fama e se constituiu em referência obrigatória à localidade, que passou a ser chamada de Balsa Nova. Em 1938, a denominação oficial do lugar passou a ser João Eugênio, mas em 1954, por pressão popular, o nome volta a ser, em definitivo, Balsa Nova. Em 1961, o então Distrito é desmembrado de Campo Largo e torna-se o Município de Balsa Nova.

Tamanduá

Na primeira metade do século XVIII a localidade de Tamanduá já se constituíra em freguesia, possuía sua capela, havia muitas famílias abastadas que lá moravam e os carmelitas haviam construído um convento. A povoação contava com uma força de milícia e de vez em quando “assistia à partida de um grupo de aventureiros armados com o objetivo de conquistar e reconhecer o oeste misterioso” (CARNEIRO). Atualmente dois patrimônios de Tamanduá são relevantes: a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Pilar de Tamanduá e a Ponte dos Arcos.

Capela de Nossa Senhora da Conceição do Pilar de Tamanduá

A capela é uma construção singela com cobertura em duas águas, telhas capa-e-canal. É constituída em dois corpos: nave e sacristia lateral. A capela de Tamanduá passou por obras de conservação e restauração, sendo a última executada pela Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria da Cultura e Esporte do Estado do Paraná, em 1978.

A primeira capela de Tamanduá foi construída em madeira pelos padres carmelitas por volta de 1709, com imagem de Nossa Senhora da Conceição, vinda de Portugal. Em 1727 iniciou-se a edificação da capela atual – alvenaria de pedra argamassada –, finalizada em 1730. “Possivelmente único exemplo no Brasil de cantaria em diamictito.” Tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico CEPHA em 1970. (LICCARDO, 2013).

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Capela de Nossa Senhora da Conceição do Pilar de Tamanduá
Autoria: Guimarães, S. (2016).

Cemitério de Tamanduá

O único túmulo datado do do século XIX e elaborado em arenito Lapa, encontra-se no cemitério de Tamanduá (LICCARDO, 2013).

 

Ponte dos arcos – Tamanduá

Na divisa municipal de Balsa Nova e Porto Amazonas, na junção entre o Rio dos Papagaios e o Rio Iguaçu, exatamente ao final da Estrada do Tamanduá, fica localizada a Ponte dos Arcos, com seus mais de 60m de altura e 585 m de comprimento. Obra de engenharia singular, a ponte se ergue sobre o Rio dos Papagaios, e foi inaugurada em 1880 e é tombada como patrimônio cultural do Paraná pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (1973).

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Ponte dos Arcos
Autoria: ND
Fonte: http://mapio.net/pic/p-33003927/

Ponte do Rio dos Papagaios

Construída em dois arcos de alvenaria de pedra, cruzando o Rio dos Papagaios (1876), é considerada um monumento de engenharia nacional, como obra em cantaria de arenito e blocos com argamassa. Já centenária, a ponte, é também chamada de Ponte de Dom Pedro, por remontar ao tempo do Império e haver sido sua construção autorizada e utilizada por D. Pedro II na sua visita aos Campos Gerais em 1880.

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Ponte do Rio dos Papagaios
Autoria: ND
Fonte: Mapio.net

Parque Manancial de Balsa Nova

Através de uma parceria entre a município de Balsa Nova, o governo do Estado do Paraná e a Petrobras, foi implantado o Parque Manancial de Balsa Nova. O parque tem como objetivo, além da preservação e proteção da área de carga do manancial que abastece o reservatório da cidade, ser um espaço público destinado ao lazer e à educação ambiental.

Parque Manancial de Balsa Nova
Parque Manancial de Balsa Nova
Autoria: Singh, V. (2009).
Fonte: Flickr

São Luiz do Purunã

No cruzamento da BR-277 e BR-376, entre Curitiba e Ponta Grossa, está localizado o distrito de São Luiz do Purunã, região que concentra o fluxo do anel viário que converge para a capital do Estado. Nos últimos 20 anos, o distrito de São Luiz do Purunã tem se destacado como pioneiro no desenvolvimento do turismo rural, apoiado pela presença da cultura gaúcha, graças ao tradicional Rodeio de São Luiz do Purunã, um evento familiar e que reunia seus visitantes em provas de tiro de laço, bailes sociais e acampamentos campeiros. O rodeio não mais acontece, mas colaborou para destacar São Luiz do Purunã no cenário estadual. A formação e a vocação da Vila de São Luiz do Purunã sempre estiveram ligadas ao cavalo. Seja pela herança dos tropeiros ou pelas tradições das famílias que formaram a região. O animal tem sua importância no desenvolvimento econômico do local, que concentra várias cabanhas que criam cavalos e promovem atividades turísticas e esportivas em torno das cavalgadas.

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Portal de São Luiz do Purunã
Autoria: ND
Fonte: https://www.ferias.tur.br/cidade/6669/sao-luiz-do-puruna-pr.html

A serra de São Luiz do Purunã

A Serra de São Luiz do Purunã é um nome popular e regional de parte da Escarpa Devoniana, localizada na região dos Campos Gerais do Paraná entre o Primeiro e o Segundo Planaltos Paranaenses. A região de São Luiz do Purunã faz parte da Rota dos Tropeiros, uma antiga rota proveniente do Caminho das Tropas (Rio Grande do Sul – São Paulo). Próximos ao núcleo urbano do distrito, estão as pousadas (quase todas com cavalos para montaria), chácaras de lazer e a presença da gastronomia tropeira.

A serra de São Luiz do Purunã
A serra de São Luiz do Purunã
Autoria: Boschini, R.
Fonte: http://www.expedicoeslatinas.com.br/2016/07/serra-de-sao-luis-do-puruna-balsa-nova.html

Mirante do Cristo Redentor

Com vista panorâmica da Serra do Mar e das cidades de Campo Largo e Curitiba, o Morro do Cristo é um mirante natural na Serra de São Luiz do Purunã. Nele há o monumento à imagem do Cristo Redentor – com 18,5 m de altura, construído com 123 peças pré-fabricadas, algumas pesando mais de 300 quilos. O projeto, idealizado por um casal de Guarapuava, foi construído em forma de agradecimento por uma graça alcançada.

Rio Tamanduá

A nascente do rio Tamanduá está no alto de São Luiz do Purunã e a sua foz no Rio dos Papagaios. Em todo o seu percurso, mescla áreas de intensa calmaria, com fortes corredeiras e cachoeiras, escavando gradativamente em seu caminho um canyon com belos paredões de pedra. É no Rio Tamanduá que se encontram as cachoeiras do Bruel e do Alemão.

Rio Tamanduá
Rio Tamanduá
Autoria: ND
Fonte: http://mapio.net/pic/p-130086970/

 

REFERÊNCIAS

LICCARDO, A. Patrimônio geológico construído como subsídio para a memória e a cultura no Paraná. In: II Simpósio brasileiro de patrimônio geológico. Ouro Preto, 2013. (Apresentação em PDF).

OS ENCANTOS de Balsa Nova. Disponível em: < http://www.encantosdebalsanova.com.br >.

Prefeitura Municipal de Balsa Nova. Disponível em: < http://www.balsanova.pr.gov.br >.

VISITE Balsa Nova. Disponível em: < http://visitebalsanova.blogspot.com.br >.